segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Não há mestres... (Michel Pedroso)

Perdoem-me se nos textos que escrevo não há mestres nem discípulos, se a realidade despiu minhas fantasias. Perdoem-me se nem sempre escreverei palavras agradáveis. Perdoem-me se nem sempre farei força para ser querido. Os “mestres” que conheço procuram vagas para estacionar, xingam os flanelinhas e outros fazem greves por melhores salários e mal conseguem resolver os seus próprios problemas.
Escrevo sobre pessoas reais. Sobre a realidade capaz de transformar executivos em bêbados jogados nas calçadas. Na simplicidade de uma criança que se queima e aprende que não deve mais encostar no fogo. Me tornei um observador.
Em um pequeno momento de ócio em meio a um dia conturbado, me dei conta da fita do Nosso Senhor do Bom Fim no meu pulso que coloquei numa noite em um bar temático na Cidade Baixa em Porto Alegre com alguns amigos. Mesmo sendo totalmente cético realizei o ritual, fiz mentalmente o pedido e amarrei a fitinha. Mais de um ano se passou desde então. Mas porque eu ainda estava com ela, se eu não acreditava? Me dei conta do porque que ela funcionava com tanta gente. Pois ela nos ajuda a lembrar constantemente daquilo que queremos, nos direcionando inconciêntemente a fazer ações que nos conduzirão a realização desse sonho.

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